sábado, 25 de junho de 2011

DEZ ANOS DE LITERATURA CAPIXABA

O presente texto foi publicado na Revista dos 90 anos da Academia Espírito-Santense de Letras. Trata-se de uma edição especial, que pode ser comprada pelo preço simbólico de R$ 10,00 na sede da Academia (Praça João Clímaco, Centro, ao lado do Palácio Anchieta).

DEZ ANOS DE LITERATURA CAPIXABA
Um levantamento das Letras no Espírito Santo da última década (2000 – 2010)


1. Introdução:

Foi publicado na Internet, no site www.estacaocapixaba.com.br, um panorama da Literatura Capixaba, feito pelo escritor, professor e pesquisador Reinaldo Santos Neves. Com o título de “Mapa da Literatura Brasileira Feita no Espírito Santo”, o texto abarcava desde a época das Literaturas Epistolares até o final do Século XX, findando na década de 1990. O objetivo deste texto é tentar dar continuidade ao estudo, fazendo um levantamento do que mais significativo foi realizado nas Letras de nosso Estado, no período compreendido entre 2000 a 2010. Apesar das críticas, optamos pela terminologia “Literatura Capixaba”, mais conhecida do público em geral. Ademais, sabemos que é praticamente impossível revistar tudo o que foi produzido. Pedimos desculpa de antemão, salientando que todo trabalho possui suas falhas. Ao próximo pesquisador de continuar do ponto que o anterior parou.

2. A década de 2000:

a) A Nova Geração das Letras Capixabas:

Um dos movimentos literários mais importantes da década de 2000 foi a criação da Academia Jovem Espírito-Santense de Letras (AJEL). Idealizada pelo bacharel em Direito Leonardo Passos Monjardim (1973 - ), a AJEL foi fundada em 23 de junho de 2001, considerada, institucionalmente, a primeira Academia Jovem de Letras do Brasil, contando, inicialmente, com 25 membros, dentre escritores de 16 a 32 anos de idade. Uma característica interessante nessa Academia é que, além de os escritores não se tornarem “imortais” (devendo deixar a instituição aos 32 anos completos), são aceitos autores com livros publicados ou com apenas projetos, as chamadas “bonecas de livros”, o que congregou jovens autores com obras lançadas e outros que se lançaram ao longo da década.

Dos jovens autores com publicação a integrar os quadros da AJEL, destaca-se Anaximandro Oliveira Santos Amorim (1978 - ), advogado, professor. Anaximandro Amorim havia publicado dois livros na década anterior (“Brasil de Ontem, Hoje e Sempre”, poemas, de 1994 e “Asas de Cera”, romance, de 1995, este, com recursos da Lei Rubem Braga). Durante seu período ativo na Academia Jovem, Anaximandro lançou outro romance, o livro “Concupiscência”, em 2003, também com recursos da LRB. Vítima de um grave acidente automobilístico em 07 de setembro de 2009, Amorim lançou, no ano seguinte, o livro “A História de um Sobrevivente” (2010), relatando sua experiência de superação. O livro, prefaciado pelo titular da Delegacia de Trânsito Fabiano Contarato, marcou a entrada de Anaximandro nos quadros da Academia Espírito-Santense de Letras, naquele mesmo ano. Foi o segundo membro da Academia Jovem a fazê-lo.

Outra jovem autora a ter se lançado ainda antes de sua entrada na AJEL foi Alyne Mendonça (1986 - ), que, aos 16 anos, publicou o livro de poemas “Princípio Vital” (2003, Editora Litteris/RJ), tendo entrado na Academia no mesmo ano. Mendonça também participou de outros trabalhos, de cunho coletivo: "A nova literatura virtual" (2003), "Amor para sempre presente" (2004), "Sonhos para os novos 365 dias" (2004), "Palavras além do tempo" (2004), "Poetas brasileiros" (2004), "Anuário dos escritores" (2004), "Antologia da Academia Jovem Espírito-santense de Letras" – 2ª Edição (2007), "Antologia da Academia Jovem Espírito-Santense de Letras" – 3ª Edição (2008).

Além de Alyne, destaca-se Gabriela Zorzal (1988 - ), jornalista, tendo publicado o romance “O Verdadeiro Sentido” em 2002. Já como acadêmica, publicou o divertidíssimo “Os Micos da Mamãe – baseado em fatos reais” (2007), coletânea de contos em que transcreve histórias engraçadas de situações vexatórias ocorridas com sua mãe e com as mães de suas colegas.

Outro a ter publicado antes da entrada na Academia Jovem foi o odontólogo Evandro Albani (1973 - ), com o livro de poemas “Um dia te encontro, Volúpia” (1999). Albani lançou, em 2003, outro livro de poemas, “O Abismo”, pela Editora Flor e Cultura, um dos melhores produzidos na década. Flertando com o concretismo dos anos 1970, Evandro apresenta, nessa obra, uma grande maturidade literária, num jogo de palavras em que até os espaços em branco fazem parte do texto. O autor é, também, um dos fundadores do sarau “O Quinze”.

Além de Evandro, destaca-se Gabriel Menotti, jornalista e cineasta (1983 - ). Filho do jornalista e escritor José Irmo Gonring, Menotti publicou, ainda na década de 1990, os livros “A Unidade do Todo” (1998), romance e “Ensaios para taxidermia (uma breve coletânea de artefatos encantados e engenhocas bizarras)”, poemas, de 1999. Enquanto acadêmico, lançou outro livro de poemas, “Yù”, de 2010, com recursos dos Editais da Cultura da Secretaria de Estado da Cultura do Espírito Santo.

A maioria dos membros da AJEL, no entanto, estrearam na Literatura após sua entrada nos quadros daquela instituição. A começar pelo próprio presidente, Leonardo Monjardim, que lançou, em 2001, os livros “A publicidade na relação de consumo” (monografia) e “História política da família Monjardim” (pesquisa). Foi organizador da primeira antologia da Academia Jovem, a “Antologia Jovens Escritores Capixabas”, de 2002. Em 2003, publicou “Patrimônios e logradouros de Fradinhos” (pesquisa), “O antigo casarão” (pesquisa), “Reflexões sobre o poder” (pensamentos), “A justiça tarda mas não falha”, “100 anos de Aldelpho Monjardim” (biografia) e “Catálogo da Política do Estado do Espírito Santo”. Foi o primeiro membro da AJEL a ascender à Academia Espírito-Santense de Letras.

Marcelo Santos Netto (1978 - ), jornalista, lançou o livro de contos “Corações de Barro”, com apoio da Lei Rubem Braga e do Colégio Darwin. Trata-se de uma obra de grande maturidade literária para um autor estreante, contando com boa aceitação da crítica. Santos Netto é, hoje, também membro da Academia Humberto de Campos, instância máxima das Letras de Vila Velha/ES. Ao contrário de Santos Netto e de Monjardim, o texto poético é bem mais encontradiço dentre os membros da AJEL, a começar por Sílvia Ferreira de Almeida, que, em 2002, lançou o livro “Fragmentos” com o pseudônimo de Sílvia Tallus.

Daniele Braga Pinheiro (1978 – 2009), bacharel em direito, falecida precocemente às vésperas de completar 31 anos de idade, deixou-nos seu “Vida Sonho e Poesia” (2003). Com introdução de Leonardo Monjardim e orelha de Anaximandro Amorim, o livro tem uma influência muito grande de Vinícius de Moraes. Também em 2003 foi a vez de Leonardo Dutra Ferreira (1979 - ), professor de Letras, publicar o seu “Duelo”. Dutra já havia participado de várias antologias e catálogos, anterior e posteriormente ao lançamento de seu livro.

Em 2004, Joacles Costa Bento (1985 - ) lançou “Crônicas Poéticas” e em 2005, Ezequias Miller do Prado (1980 - ) lançou “Gotas de Insonescência”. Em 2008 foi a vez de Lorena Colodetti (1978 - ) com “Olhares”, publicado com recursos da Lei Rubem Braga e em 2009, Hanor Franklin Silva dos Santos com “Um beijo meu na boca tua” e Thalita Ferreira (1982 - ) com “Elucidação numa página em branco”, com patrocínio da Lei Rubem Braga. Thalita é, atualmente, a sucessora de Leonardo Monjardim na presidência da Academia Jovem Espírito-Santense de Letras, além de membro da Academia Humberto de Campos.

b) Outros talentos jovens:

De fora da Academia Jovem Espírito-Santense de Letras destaca-se, primeiramente, Lucas Schultais Monteiro (1986 - ), jornalista e professor de Letras, que escreveu o romance “A Máscara de Robson Saile” (2005). Apaixonado por carnaval, Monteiro realizou pesquisa de fôlego e publicou, em 2010, o livro “Carnaval Capixaba – História, Honras, Glória”.

Outro destaque é Fábio Aiolfi (1988 - ), jovem e promissor dramaturgo de Aracruz/ES e membro da Academia Boituvense de Letras e Artes de São Paulo (ABLA). Possui no currículo cinco peças teatrais: “Melissa, a fadinha trapalhada” (2006), “Cleópatra - A Serpente do Nilo” (2008), “Não igual as outras Princesas” (2008), “Vixe, Maria!” (2009) e “A Princesa e o Sapo” (2009). Lançou em 2010 os livros “Entre o Amor e a Fogueira” (romance), “O Silêncio do Pensamento” (poemas), “Melissa e Roc-roc em busca do Era uma vez...” (teatro) e “Phenix- Epigramas da Alma (poemas)”.

Jovem e já bastante premiado é o poeta Casé Lontra Marques com "Mares inacabados" (2008), "Campo de ampliação" (2009), "A densidade do céu sobre a demolição" (2009) e "Saber o sol do esquecimento" (2010), todos de poemas. Também premiado é Saulo Ribeiro (1987 - ), escritor e dramaturgo, autor de “Diana no Natal” (2010), contos, lançado pela Editora Cousa e “Ponto Morto” (2010), romance, pela Secretaria de Estado da Cultura do Espírito Santo (Secult/ES), além do roteiro da peça “Cárcere” (2008), pela Editora Cousa, em parceria com o ator Vinícius Piedade, sucesso dentro e fora do Estado.

Outro jovem autor a estrear na década de 2000 foi José Roberto Santos Neves (1971 - ). Jornalista e músico, Santos Neves trabalha desde 1995 no jornal “A Gazeta”, onde exerceu a função de editor do “Caderno Dois”, sendo, hoje, editor do “Caderno Pensar”, novo suplemento cultural daquele periódico. Publicou “Maysa” (2005), primeira biografia da cantora Maysa Matarazzo e “A MPB de Conversa em Conversa” (2007), reunindo 40 entrevistas com grandes nomes da música popular brasileira.

Anne Ventura (1981 - ), professora de Letras, jovem, porém já uma veterana das Literatura Capixaba, publicou, nessa década, os livros de contos “Enquadramento” (2006) e “Teia Tecendo Aranha” (2010), ambos com recursos da Secult/ES.

Márcio Fuziyama (1981 - ), poeta e ator, lançou “Gritos, sussurros e dedo na ferida” (2004), com apoio da Lei Rubem Braga, prefácio de Wilson Coelho e orelha de Marcos de Castro.

c) A produção dos veteranos:

Veteranos da Literatura Capixaba também continuaram produzindo na década de 2000. Da Academia Espírito-Santense de Letras, destaca-se Francisco Aurélio Ribeiro (1955 - ), professor e pesquisador, além de um dos mais prolíficos escritores do Estado. Autor de mais de 40 livros em várias áreas da literatura (infantojuvenil, crônica, poesia, conto), debruça-se, sobretudo, na pesquisa literária, notadamente de gênero. Dentre os seus vários livros lançados na década passada citam-se “Literatura e Marginalidades” (2000), pesquisa, “Estrela Prometida” (2003), crônicas, “Haydée Nicolussi: Poeta, Revolucionária e Romântica” (2005), pesquisa, “A vingança de Maria Ortiz” (2006), crônicas, “Convento da Penha: fé e religiosidade do povo capixaba” (2007), em parceira com a ArcelorMittal, “Findes: 50 anos” (2009), em parceria com a Federação das Indústrias do Espírito Santo e “A Literatura do Espírito Santo – Ensaios, História e Crítica” (2010), ensaios. É cronista regular do jornal “A Gazeta”.

Outro veterano das letras espírito-santenses é Gabriel Bittencourt (1942 - ), advogado e historiador. Também prolífico escritor, com dezenas de títulos, Bittencourt é um dos maiores entendedores da História Econômica do Espírito Santo, notadamente sobre a economia cafeeira. Nessa década, publicou, dentre outros: “A Constituição e o Desenvolvimento” (2000), “Espírito Santo 1990 – 2000” (2002), como organizador, “História Geral e Econômica do Espírito Santo” (2007), pela Lei Rubem Braga e “O Capitalismo Subsidiado: um estudo sobre a pré-industrialização do sudeste açucareiro (1870/1920)” (2007), pelo Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo (IHGES). É o atual presidente da Academia Espírito-Santense de Letras.

Getúlio Marcos Pereira Neves (1964 - ), juiz de direito e historiador, é mais um prolífico escritor capixaba. Dedica-se, sobretudo, à História e ao Direito, tendo, dentre sua extensa obra, publicado “Notícia do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo” (2003), pelo IHGES, “Blues, Sonetos e Canções” (2005), “História Militar e Apontamentos para uma História Militar do Espírito Santo” (2005), “Discursos Acadêmicos: cadeira n. 33. Sucessão de Renato José da Costa Pacheco” (2006), AEL, além de vários artigos em revistas especializadas. É, atualmente, o presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo.

Outro jurista a também se dedicar à Literatura é Matusalém Dias de Moura (1959 - ), com os livros de poemas “O Silêncio dos Sinos” (2000) e “Poemas do Caparaó” (2000), além do premiado “Crônicas da montanha e do mar” (2006).

Sempre dedicado à prosa mais longa, temos Samuel Duarte (1934 - ), odontólogo e um dos cultores do romance em terras capixabas. Escreveu, em 2001, “As Duas Faces de Eros” e em 2004 sua maior obra, “As Montanhas da Lua”, romance de fôlego, em dois tomos, de escorreita linguagem e impressionante narrativa. Também lançou, em 2009, “O Incalistrado: Topônimos Capixabas de Origem Tupi”, pesquisa, provando que Duarte está longe de aposentar sua pena.

Dos jornalistas que compõem os quadros da AEL destacam-se Álvaro José dos Santos (1950 - ) com “Iate – 50 anos de História” (2000), “Madrugada em Piedade” (2000), romance, “Café, uma paixão nacional” (2001), “Patrulha da Madrugada – Uma História de Aviadores” (2008), AEL com apoio da PMV, só para citar suas obras de exclusiva autoria. Outro jornalista prolífico é José Carlos Mattedi (1961 - ), que lançou, nessa década, “165 anos da Imprensa Oficial Capixaba” (2002), pesquisa, “A Guerra dos Brinquedos” (2002), infantil, “Praia do Suá” (2003), “Anjos e Diabos do Espírito Santo – Fatos e personagens da História Capixaba” (2004), “115 anos do Diário Oficial do Estado” (2005), pesquisa.

Um dos maiores poetas vivos da atualidade capixaba, com extensa bibliografia, Humberto Del Maestro (1938 - ) editou, nessa década, os livros “Canções do Passado” (2003), “Poemas sem Rumo” (2004), “Tristezas, versos livres” (2005), “Trovas, Haikais e poemas afins, 6º volume” (2007), “Poemas de um Triste” (2007), “Ditos, Adágios e Aforismos, 4º volume” (2008), “Monólogos Íntimos e Alguns Sonetos” (2008), além do infantojuvenil “Narrativas Infanto-Juvenis” (2006).

Ítalo Campos (1949 - ), de formação em psicologia, lançou o livro de poemas “Anil Bucólica(s)” (2006), além de participações em várias revistas e jornais.

As mulheres também são presença marcante na vida acadêmica. Pertencentes às Academia Espírito-Santense de Letras (AEL) e Academia Feminina Espírito-Santense de Letras (AFEL), temos, primeiramente, Graça Neves (1949 - ), escritora, musicista e empresária cultural, responsável pelo renascimento da AFEL. Em 2001 lançou o belíssimo “Viveiro do Silêncio”, obra poética bilíngue (português/francês), além de duas importantes antologias. Outra importante escritora a publicar na década de 2000 é Magda Lugon (1944 - ), juíza de direito, com o livro “A Curatela dos Loucos” (2005).

Ester Abreu Vieira de Oliveira (1933 - ), professora, pesquisadora e uma das referências em língua espanhola no estado, lançou “Salmos de Inquietação e Eclosão do Ser” (2006), poemas, e “Para una lectura del teatro actual – estudio de Panic de Alfonso Vallejo” (2009), tese, em espanhol. É a atual presidente da AFEL. Outra grande referência, desta vez, em língua francesa, é Jô Drumond (1951 - ), professora e pesquisadora. Lançou: “Charneca” (2005), poemas, “Memória Peregrina” (2007), contos e crônicas, “As dobras do sertão” (2008), tese de doutorado, “Filigranas Poéticas” (2009), poemas bilíngues português/francês, “Solimultidão” (2010), artigos e “TeARte” (2010), contos e crônicas, além de realizar vários trabalhos em tradução para a língua francesa de documentos e obras literárias.

Beatriz Abaurre (1937 - ), escritora e musicista, publicou “A metaficção histórica no romance Cotaxé de Adilson Vilaça” (2000), ensaio, “A metapoesia na obra infanto-juvenil de Carlos Nejar” (2001), ensaio, “Geografia afetiva de uma ilha” (2002), “Enquanto seu lobo não vem” (2005), “Tombamento e preservação de bens culturais, com ênfase para bens imateriais” (2005), “O jogo da velha” (2007). Neida Lúcia Moraes (1929), escritora e historiadora, lançou o romance “A Sombra do Holocausto” (2010, Editora Lisa Livros/SP).

Pertencentes à AFEL, temos Marilena Soneghet (1938 - ), que abre a década com um dos mais líricos livros de crônicas já publicados, “Trança” (2000), cuja temática, a infância, é tema recorrente nos escritos da autora. Além desse, Soneghet lança, em um mesmo ano, uma trilogia poética, “Castelã da Lua”, “Claridade” e “De silêncio e de ânforas” (2004), além de uma cartilha ecológica infantil “Era uma vez um lugar... Juçará” (2005). É cronista regular do jornal “A Gazeta”.

Além de Marilena, temos também Karina Fleury (1966 - ), professora e pesquisadora, que publicou o livro “Alma e Flor” (2007), da coleção Roberto Almada (AEL/Prefeitura Municipal de Vitória) sobre a escritora Maria Antonieta Tatagiba. Também Neusa Jordem Possatti (1958 - ), comerciante, escreveu “Difícil Conquista”, (2002), romance, “Ciça” (2002), infantojuvenil, “Duas Vidas”, (2003), romance, “A Outra” (2004), crônicas, “De cabelo em pé” (2004), infantojuvenil, “Ciça e a Rainha” (2005), infantojuvenil e “Perdidos na floresta” (2005), infantojuvenil. Wanda Alkmin (1952 - ), artista plástica, lançou os livros de poema “Canzione d’Amore” (2000), “Mulher de Urano” (2002) e o infantil “Mamãe Lua e Papai Sol” (2004). A advogada Sônia Lóra, mais conhecida como Sunny, lançou os livros de poemas “Portais da Alma” (2005) e “Lua Perfeita” (2008) e Renata Bomfim (1972 - ), doutoranda em literatura, lançou o livro de poemas “Mina” (2010).

Pertencente à Academia Humberto de Campos, Maria Francisca dos Santos Lacerda (1948 - ), desembargadora aposentada do Tribunal Regional do Trabalho do Espírito Santo (TRT/ES) lançou seu livro de poemas, "Sal, Pimenta e Ternura" (2007).

Fora do circuito das academias, temos ainda mais veteranos, a começar por aqueles que marcaram a chamada “Geração 80”. Marcos Tavares (1957 - ), fiscal da Receita Estadual, depois de um hiato de quase vinte anos, leva ao lume seu “Gemagem” (2005), obra poética de grande qualidade literária, em que Tavares mostra continuar brincando com as palavras, em seu inconfundível estilo. Francisco Grijó (1962 - ), professor de Literatura, escreveu “Licantropo e outras histórias” (2001), contos e “Histórias Curtas para Mariana M.” (2009), romance. Paulo Sodré (1962 - ) , professor e pesquisador, lançou “Poemas de Pó, Poalha e Poeira” (2009), com recursos da Secult/ES. Pedro Nunes (1962 - ), professor, abre a década com “Menino” (2000), romance e fecha com “A Pulga e o Jesuíta” (2010), infantojuvenil. Adilson Vilaça (1956 - ), escritor e historiador, lançou “Poesia no perímetro da filosofia” (2002), o romance “Albergue dos Querubins” (2004), verdadeiro retrato da identidade capixaba, tema, aliás, recorrente em suas obras, “A Trilha do Centauro” (2005), crônicas, “Identidade para os Gatos Pardos” (2007), contos afrobrasileiros, “Cotaxé” (2007), romance fruto de profunda pesquisa jornalística, sucesso de público e crítica e marco de nossa literatura e “Coração Ilhéu” (2008), romance de folhetim.

Os irmãos Santos Neves também continuaram sua produção na década de 2000. Luiz Guilherme (1933 - ), advogado e historiador, lançou os infantojuvenis “Eu estava na armada de Cabral” (2004) e “Eu estava no começo do Brasil” (2007). Reinaldo Santos Neves (1946 - ), professor de Letras e pesquisador, lançou “Crinquinim e o Convento da Penha” (2001), infantojuvenil, “Kitty aos 22: divertimento” (2006), romance, “A longa história” (2007), romance e “A ceia dominicana: romance neolatino” (2009), romance.

Jeanne Bilich (1948 - ), advogada e jornalista, lançou sua tese de mestrado “As Múltiplas Trincheiras de Amylton de Almeida: o Cinema como Mundo, a Arte como Universo” (2005) e “Zeitgeist: espírito do tempo” (2009), em que reúne várias de suas crônicas publicadas regularmente no jornal “A Gazeta”. Também jornalista, Flávio Sarlo lançou “Noites de Chuvas, dias de tormenta” (2005), crônicas e “A sorte é madrasta” (2007), romance.

Elisabeth Martins (1952 - ), historiadora, lançou o delicado “O Jardim de Laila” (2007). Luís Sérgio Quarto (1947 - ), pedagogo, publicou o livro de memórias “Uma infância no Caparaó” (2007), com prefácio de Francisco Aurélio Ribeiro, importante documento daquela região.

Augusto Ramaciotti (1966 - ), advogado, lançou o livro de poemas “Entre ventos e versos” (2006), com prefácio de Anaximandro Amorim.

d) Talentos da terceira idade:

Houve quem lançasse seus primeiros escritos na década passada, provando que nunca é tarde para se lançar na Literatura. O maior exemplo é o de Thelma Maria Azevedo (1931 - ), geógrafa, servidora pública aposentada e membro da Academia Feminina Espírito-Santense de Letras. Ela lançou o livro “Fragmentos de Memória”, em 2000, sobre sua família e “Uma poesia, algumas crônicas e tantas coisas que sempre escondi...”, publicado em 2005 um documento lírico e valioso de sua adolescência, no Brasil da Era Vargas, além de outros textos. O livro possui orelha de Anaximandro Amorim. Azevedo também é autora de importantes obras de referência e um sítio na internet.

e) Obras de importância:

A Literatura Capixaba foi marcada, também, por obras que ficaram na sua história como marcos de referência para as gerações atuais e vindouras de leitores e pesquisadores. O primeiro deles foi o catálogo “Artes e Letras Capixabas” (2003), organizado por Graça Neves, com auxílio de Marilena Soneghet. A obra, feita com material caprichado, constitui-se em um levantamento bilíngue (português/inglês, com tradução de Paulo de Paula) de artistas plásticos e escritores da terra, com direito a foto, dados biográficos e amostra de trabalhos. Trata-se de um importante referencial, tendo sido publicado, inclusive, fora do país. Dado o sucesso do livro, Neves preparou uma segunda edição, dessa vez apenas com escritores e novo título, “Letras Capixabas em Arte” (2009), unicamente em português.

Outro importante livro foi o “Dicionário dos Escritores e Escritoras do Espírito Santo” (2008), organizado por Francisco Aurélio Ribeiro (AEL), com pesquisa de Thelma Maria Azevedo (AFEL). A obra contém mais de 500 verbetes, todos referentes à vida e obra de escritores nascidos ou radicados no Espírito Santo, dentre vivos e mortos, constituindo outro importante material de pesquisa e sinônimo de que a Literatura do Estado possui quantidade e qualidade.

Das coletâneas citamos “Instantâneo – poesia e prosa, fermento literário” (2005), organizada pela Secult/ES. O livro contou com 38 autores, dentre conhecidos e inéditos, na tentativa de compor um painel diversificado da literatura local. Houve também as que fizeram parte do seminário “Bravos Companheiros e Fantasmas”, do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal do Espírito Santo (PPGL/UFES), tendo o primeiro volume saído em 2006 e contado com as presenças de Reinaldo Santos Neves, Rita de Cássia Maia, Wilberth Faria. Em 2007 e sobre o cronista José Carlos Oliveira, sai o segundo volume, com Lino Machado, Paulo Sodré e Reinaldo Santos Neves. O terceiro volume saiu em 2008, sobre Maria Antonieta Tatagiba, com presenças de Lino Machado, Paulo Roberto Sodré e Roberto Santos Neves e o quarto, em 2010, teve como temática a vida e obra do acadêmico Miguel Marvila (1959 – 2009).

f) A Literatura Capixaba na Internet:

A entrada do Século XXI marcou o advento das novas tecnologias, dentre as quais a popularização do acesso à Internet e a literatura local não poderia ficar de fora. Muitos foram os sítios, pessoais ou coletivos, criados como forma de divulgação dos trabalhos dos autores locais.

O primeiro e talvez mais importante é o “Poetas Capixabas”, de Thelma Maria Azevedo (www.poetas.capixabas.nom.br). No ar desde 2003, a página se trata de um trabalho de fôlego, com mais de 2.000 escritores e 8.000 obras poéticas catalogadas por ordem alfabética, academias de letras ou regiões do Espírito Santo. Primoroso trabalho de Azevedo, que chama a atenção por ter descoberto a internet na terceira idade e, praticamente octogenária, colocado no ar um página de qualidade reconhecida dentro e fora das fronteiras do Espírito Santo.

Outro ótimo trabalho é o sítio do escritor Pedro Nunes, o “Tertúlia Capixaba” (2005, www.tertuliacapixaba.com.br), reunindo obras, biografias e vídeos de alguns dos mais importantes autores da terra, sobretudo os que participaram da chamada “Geração 80” das Letras do Estado. É possível também adquirir livros de alguns desses autores, facilitando o trabalho do leitor e do pesquisador.

Belo trabalho é o sítio “Panela Literária” (www.panelaliteraria.com.br), de Emília Manente, Samuel Vieira e Donna Oliveira. Com apoio da Secult/ES, a página, de um blog literário, transformou-se em verdadeira revista eletrônica da Literatura Capixaba, com entrevistas, vídeos, perfis e caprichado material jornalístico.

Outro trabalho é a revista eletrônica “Graciano” (2010) (www.revistagraciano.wordpress.com), dos alunos do Departamento de Comunicação da Ufes, voltada à produção literária, principalmente dentro da Universidade.

Quanto às instituições culturais, importante página é a do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo (IHGES, www.ihges.com.br), no ar desde 2007, com fotos, histórico e informações sobre a instituição. A Academia Humberto de Campos, de Vila Velha/ES possui um blog (www.academiadeletrashumbertodecampos.blogspot.com), no ar desde 2010.

Das páginas pessoais, citamos o sítio do escritor Anaximandro Amorim (www.anaximandroamorim.com.br), no ar desde 2010, juntamente com seu blog (www.anaximandroamorim.blogspot.com), em que o autor frequentemente posta crônicas e contos bastante comentados. Há também a página de Sônia Lóra, o “Cantinho da Sunny” (www.sonialora.art.br), com haikais, poesias e crônicas da autora, no ar desde 2006. Renata Bomfim publica, há cinco anos, suas poesias, artigos e pesquisas no bem seguido blog “Letra e Fel” (www.letraefel.blogspot.com, 2006), fazendo dele uma verdadeira revista literária e, por fim, Thelma Maria Azevedo, além do trabalho com os poetas capixabas, possui também, desde 2010, um blog pessoal, o “Cantinho da Thelma” (www.thelmazevedo.blogspot.com), com suas crônicas e contos.

g) Outras ações em prol da Literatura Capixaba:

Um dos mais importantes programas de fomento à Literatura (e às outras expressões artísticas em geral) foi a Lei Rubem Braga (LRB) da Prefeitura de Vitória, uma das pioneiras no Brasil. Criada em 1991 pela lei municipal 3.730, foi ela quem auxiliou a publicação de muitas das obras levantadas neste artigo, não apenas na década de 2000, mas ao longo desses vinte anos de existência. Iniciativas análogas foram tomadas em outros municípios, como a Lei Chico Prego, em Serra/ES.

Outra grande fomentadora das artes em nosso Estado foi a Secretaria de Estado da Cultura do Espírito Santo (Secult/ES). Sucessora do antigo DEC (Departamento Estadual de Cultura), que tantos autores lançou na década de 1990, a Secult/ES os chamados editais da cultura, para seleção e publicação de escritores em várias categorias. Os editais começaram em 2004, com uma seleção de contistas para uma antologia. Foram selecionados doze autores (André Graciotti, Carlos Calenti Trindade, Dante Ixo, Enivaldo Donatti, Janaína de Moraes, Jô Drummond, Luciano Nascimento, Marcos Tavares, Miguel Lamas, Ronald Alves, Sérgio Luiz Bichara e Tatiana Brioschi), e o livro foi publicado em 2006 com o título Edital de contos. A partir daí foram lançados os seguintes editais: 2005 (livros lançados em 2006): 1) Poesia: Senhor Branco ou O indesejado das gentes, de Paulo Roberto Sodré; 2) Poesia: Zero, de Douglas Salomão; 3) Romance: O fotógrafo da primeira-dama, de Bernardo Barros Coelho de Oliveira; 4) Contos: Enquantamento, de Anne Ventura; 5) Contos: Quando o dia nasce sujo, de Caê Guimarães. 2006 (livros lançados em 2008): 1) Contos: Orações com vícios de linguagem, de Elton Pinheiro; 2) Contos: -Sse, de Erly Vieira Jr.; 3) Contos: Mortos vivos, de Andréia Delmaschio; 4) Contos: Sqizo ou As patas do velho sátiro; 5) Poesia: Garimpo de estrelas, de José Irmo Gonring. 2008 (livros lançados em 2009): 1) Crônica: Rodapés, de Erly Vieira Jr.; 2) Literatura infanto-juvenil: O largo dos macucos - A virtude original, de Giandro Gomes; 3) Romance: Memória das cinzas, de Luiz Guilherme Santos Neves; 4) Contos: Itinerário de uma ausência, de Herbert Farias; 5) Poesia: Poemas de pó, poalha e poeira, de Paulo Roberto Sodré. 2009 (livros lançados em 2010): Romance: Ponto morto, de Saulo Ribeiro; Poesia: Sob uma capa, de Lino Machado; Contos: Teia tecendo a aranha, de Anne Ventura; Crônica: Pedaços de mim, de Marcello Grillo; Literatura infanto-juvenil: A pulga e o jesuíta, de Pedro J. Nunes; Narrativas históricas do Espírito Santo: Redes mercantis: a participação do Espírito Santo no complexo econômico colonial (1790-1821), de Enaile F. Carvalho. Crítica em artes (os textos premiados em 2009 foram publicados num volume só com os textos premiados em 2010). 2010 (livros lançados em 2010): Romance (categoria estreante): A dupla cena, de Nelson Martinelli Filho; Romance (categoria não estreante): Não foi contemplado. Literatura infanto-juvenil (estreante): O medo do mato, de Rodrigo Brito; Literatura infanto-juvenil (não estreante): Guido, a folha e o capim, de Paulo Roberto Sodré; Poesia (estreante): Poema da destruição, de Aline Travaglia; Poesia (não estreante): Yù, de Gabriel Menotti; Contos (estreante): A dor e outras fantasias, de Daniel Salaroli; Contos (não estreante): Mecanismos precários, de Herbert Farias; Crônica (estreante): Agudas & crônicas, de Jace Theodoro; Crônica (não estreante): De quando minha rua tinha borboletas, de Caê Guimarães; Narrativas históricas do Espírito Santo: Espírito Santo de A a Z, de Francisco Aurelio Ribeiro e A Estrada de Ferro Sul do Espírito Santo e a interiorização da capital, de Leandro do Carmo Quintão; Crítica em artes (premiados em 2009 e 2010): Ériton Berçaco, Erly Vieira Jr., Fernando Pessoa, Maria Ines Dieuzeide Santos Souza, Rodrigo Leite Caldeira, Rubiane Maia, Sara Passabon Amorim. Quadrinhos: Quadrinhos afins, de Gió; Révi Métau, de Érlon Ramos; e Cecilie Veronika, de Abel.

Ação importante foi o “Debate-papo Literário” da Biblioteca Pública do Espírito Santo (BPES). Criado pela bibliotecária e escritora Rita Maia (“O Desejo da Escrita em Ítalo Calvino: para uma teoria da leitura”, pesquisa, 2003), o Debate-papo se trata de um encontro mensal entre o escritor, um crítico e o público, tudo em cunho informal. O primeiro aconteceu em outubro de 2005, com a presença de Luiz Guilherme Santos Neves e Deny Gomes (1938 - ). O programa foi retomado com a reinauguração da biblioteca, em 16 de dezembro de 2008; programa análogo, na mesma BPES é também a “Roda de Leitura”, programa de aproximação do público com o texto literário, com no máximo de 20 participantes, tendo início e reinício na mesma data do Debate-papo.

Há também é o sarau “O Quinze”, que começou em Agosto de 2002, idealizado pelos poetas Evandro Albani, Marconi Fonseca e Guilherme Gontijo, membros da Academia Jovem Espírito-Santense de Letras. Teve este nome porque ocorria quinzenalmente; aconteceu sem interrupção até o final de outubro de 2010, mantendo este mesmo nome e periodicidade. Muitos poetas importantes já participaram do sarau, tais como Italo Campos, Milson Henriques, Alexander Nassau, Renato Fraga, Cida Ramaldes, Alvarito Mendes, Waldo Motta, Miguel Marvilla, Andrey Mozzer, Marina Zancheta. Em determinadas reuniões, chegou a agrupar mais de 70 pessoas, entre poetas e ouvintes. As duas revistas entituladas Revista Literária "O Quinze" foram lançadas respectivamente em Março e em Abril de 2007.

Por fim, iniciativa pioneira foi o programa “Jovens Escritores”, apresentado pelo acadêmico Anaximandro Amorim, de 2003 a 2005, na extinta DTV, canal local da RCA Company. Apesar do nome inusitado, vários autores, de todas as idades, de norte a sul do Espírito Santo, além do mineiro Ziraldo e do baiano Araken Assis passaram pelo programa, perfazendo um total de 105 edições ao longo de dois anos no ar. O sucesso do “Jovens Escritores” é, atualmente, o programa “Um Dedo de Prosa”, da TV Assembleia. Apresentado pela jornalista Katarine Rosalem, foi ao ar em agosto de 2009 e hoje conta com a marca de mais de 50 edições.

E, parafraseando o professor Reinaldo Santos Neves, continua na próxima década.

Anaximandro Amorim, Vitória/ES, abril de 2011.

3. Referências bibliográficas:

ARTES E LETRAS CAPIXABAS – ESPÍRITO SANTO – BRASIL, Maria das Graças Silva Neves, 2003.

DICIONÁRIO DOS ESCRITORES E ESCRITORAS DO ESPÍRITO SANTO, organização Francisco Aurélio Ribeiro (AEL), pesquisa Thelma Maria Azevedo (AFEL), 2008.

LETRAS CAPIXABAS EM ARTE, Catálogo 2009, Maria das Graças Silva Neves (organização), 2009.

MAPA DA LITERATURA BRASILEIRA FEITA NO ESPÍRITO SANTO, Reinaldo Santos Neves (www.estacaocapixaba.com.br), 2005.

13 comentários:

  1. Eu tenho um blog literário em que, é claro, posto resenhas e outras coisas.

    Tenho, também, pelo menos duas história escritas. Uma já mandei para algumas editoras e outra está em processo de análise, devo saber se serei aceito daqui a um tempo ainda.

    Eu penso que a publicação literária capixaba busca demais a forma culta, não quer se render a títulos mais comerciais. Já li em vários lugares que editoras são empresas que querem retorno para os livros que publicam, mas não consigo entender por que elas não publicam nada realmente chamativo, atrativo, abrangente a um público jovem que cada vez mais está criando gosto por ler.

    Eu confesso que não lembro de ter lido um autor sequer do nosso estado. Os poucos aspirantes que conheço, buscam editoras de fora porque as que temos aqui querem livros cultos e não comerciais. Uma pena, pois há muita qualidade nos textos deles.

    Embora eu me sinta um pouco desanimado com a falta de tato das editoras de não dizerem que não há interesse na publicação dos originais que nós submetemos a avaliação, grande parte das minhas ideias para futuras histórias se passam em solo capixaba.

    Leis de incentivos são nossa única opção para um dia termos algo publicado.

    ResponderExcluir
  2. Um bom texto panorâmico da Literatura em nossas terras, Anaximandro. Parabéns! Senti falta, entretanto,da referência aos meus três livros publicados nesta década: A Casa Rosa (2005/DCL/SP); Amar o Mar (2005/DCL/SP); e Vitória, uma ilha cercada de terras (2008/Cortez/SP). Faço uma ressalva também: Rita Maia não é bibliotecária, ela é Doutora em Literatura.
    Grande abraço.

    ResponderExcluir
  3. Como diria meu amado e querido professor Leonardo: "Queridíssimo" Anaximandro...adoraria postar o seu post em meu blog...quando o Sr. autorizar e "se" autorizar...envie-me um e-mail ou deixe um recado em meu blog...agradeço!

    Stéfano.

    ResponderExcluir
  4. Faltou uma autora indispensável, Mara Coradello, dos livros "O colecionador de segundos" (2003) e "Armazem dos afetos" (2009).

    ResponderExcluir
  5. Amigos, onde posso achar um site, blog, algum conteúdo, sobre a Literatura Capixaba: Obras e autores Capixabas???

    ResponderExcluir
  6. Gleisson, você pode encontrar:

    1. No site da Academia Espírito-Santense de Letras;

    2. No blog Letra e Fel, da escritora Renata Bonfim;

    3. No site Tertúlia, do escritor Pedro Nunes

    E aqui no blog também!

    Basta apenas jogar esses nomes no Google que você encontra!

    Sds. literárias,

    Anaximandro

    ResponderExcluir
  7. Anax,

    No tópico de letra "f", referente a "Outras Ações em Prol da Literatura Capixaba, faltou mencionar o SARAU DOMINGO POÉTICO realizado mensalmente pela ACADEMIA DE LETRAS HUMBERTO DE CAMPOS que já se tornou um marco na cultura capixaba e acontece desde o ano de 2009, ou seja, há quatro anos, de forma ininterrupta.

    ResponderExcluir
  8. Foi o que falei, a lista não é exasutiva e, infelizmente, acontece com todas elas de a gente não colocar certas coisas. Numa segunda edição, certamente, o sarau será citado.

    ResponderExcluir
  9. Excelente.Onde posso encontrar um artigo seu sobre saraus poéticos, foi-me informado pelo Andrey Mosser, mas não consegui encontra-lo. De qualquer forma, continuarei a vasculhar o blog.

    ResponderExcluir